Sem fim
O poeta caminha, o dia começa, clareia
Vento frio, ares a acariciar-lhe o rosto
Encanta-se com o amanhecer, suave é seu coração
Alma de poeta é doce, leve, dormente
A transbordar inspiração
Ah! Solitário ser!
Faz poema ao ouvir gorjeios
Das aves
Vê alguém – uma mulher, a admira, bela mulher
Faz outro poema – e ele segue, vai embora
O poeta caminha por uma rua estreita
Os jardins, os muros, calçadas
Rua estreita, deserta
Sem fim.