Repressões

Repressões

Arde em silêncio forçado

Tudo o que a tempo se cala.

Sem sossego a alma pena e

Caminha farta de indignação.

Se é nela que mora o sentir,

O fardo é sentido dobrado.

Cercada em seu receptáculo

Não sei como ainda respira.

Morre nas tantas repressões de

Tanto colidir com sua anatomia

Alheia e recusa do que há dentro.

Quem dera alguma vez no tempo

Silêncio fosse o fim da guerra –

Para o corpo e para a alma.

@c.vict0r

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 10/03/2020
Código do texto: T6884619
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