O CALVÁRIO DO POETA
Vejo pessoas sofrendo
Sem terem a quem recorrer
Chorando, abandonadas morrendo
Sem saber o que é viver
Ouço seus gritos de pânico
Quando me ponho a escrever
Em minhas tristes poesias
Eu por elas vivo a sofrer
Sou poeta
Um ser dotado de sentimento
Tentando atingir a meta
De ver o fim desse desalento
Sou alguém que não compreende
O motivo de tanta desigualdade
E por que esse povo não se rende
Em meio à tanta desigualdade
Mesmo sofrendo estão sorrindo
Dançando conforme a melodia
Orgulhosos de serem brasileiros
Acreditando que tudo melhorará um dia
Aracati – CE, 17/07/2005 – 10h37min.