Depois de tanta alegria
Alegria e furor inexplicáveis
A realidade nos parece mais triste e feia.
Como uma idosa obesa ou uma
tartaruga doente.
Depois de tanto fervor
O céu morno de chuva esparsa
parece distribuir gotas mágicas
de lucidez
Depois de tanta alegria
De risos
De fantasias, paetês e purpurina
Vem o breu da escuridão,
das trevas da ignorância
do oco do mundo
Onde o eco não pronuncia
nada.
A não ser o silêncio patético.
Depois de tanta folia
A ressaca
A dor no estômago.
A consciência dolorida
de quem não foi dono
nem da personagem
e nem de si mesmo.
Pobres foliões da quarta de cinzas
Cinzentos
Apáticos
Neuróticos
A procura no calendário
de mais um motivo frívolo
para comemorar.
Comemorar mais uma morte.
Mais uma violência.
Ou simplesmente a banalização
de ser humano.
Alegria e furor inexplicáveis
A realidade nos parece mais triste e feia.
Como uma idosa obesa ou uma
tartaruga doente.
Depois de tanto fervor
O céu morno de chuva esparsa
parece distribuir gotas mágicas
de lucidez
Depois de tanta alegria
De risos
De fantasias, paetês e purpurina
Vem o breu da escuridão,
das trevas da ignorância
do oco do mundo
Onde o eco não pronuncia
nada.
A não ser o silêncio patético.
Depois de tanta folia
A ressaca
A dor no estômago.
A consciência dolorida
de quem não foi dono
nem da personagem
e nem de si mesmo.
Pobres foliões da quarta de cinzas
Cinzentos
Apáticos
Neuróticos
A procura no calendário
de mais um motivo frívolo
para comemorar.
Comemorar mais uma morte.
Mais uma violência.
Ou simplesmente a banalização
de ser humano.