Solstício de inverno
Culpo-me TODOS os dias, a desvanecer.
Como posso ainda estagnada permanecer?
A inatingível felicidade me atinge,
golpeia todo o perímetro meu.
Não há dia em que eu deixe de pensá-la.
Almejo o sossego ao menos,
uma tirada de pensamentos.
Em meio a tão pouco otimismo,
tanto e puro desespero:
meu corpo desaparece,
o controle se faz distante...
Por um pequeno e tortuoso instante
reflito a chegada do próximo solstício
e com ela, talvez, coincidentemente,
a do meu próprio lar-hospício.