Sem rumo
Triste caminho é esse de agora
Como numa noite de chuva e tempestade
Como num dia de furor sem glória
Vagar na escuridão, tateando a velha história…
Triste é essa hora sem qualquer dignidade…
Até a morte, antes vista como orgulho
Agora é fato a ser evitado
É desejo encravado no obscuro
Porque morrer agora não é honra
Porque findar agora não é solução…
Triste caminho é esse do presente
Vaguear a esmo, sem rumo, sem semente
Sem identidade…
Triste estrada de visão obtusa e inebriada
Sem foco, sem seta, sem imortalidade…
Triste a partida para o rumo de incertezas
Nesse deserto fosco, sombrio, delirante
Ter que seguir um rumo, ir adiante
Não foi escolha, foi imposto, foi forçado
Ter que seguir agora sem ter aceito
Sem ter concordado