LÁGRIMAS DE UM CORAÇÃO
Lá fora o céu chora e, dentro em mim, uma tempestade túrbida acontece.
São torrentes secas que banham um coração carregado, que transbordam num fluxo ao contrário e, que fluem de fora para dentro.
No peito um coração túrgido que não enxerga nada além de densas e nebulosas nuvens.
O pensar desatina; e a alegria é como um sol eclipsado.
Os pássaros cantam em um silêncio lúgubre; se identificam com o luto, que bem vivo, fala.
Na taciturnidade bosques espiram uivos de desalento; e a fonte da mina secou.
Mas a terra continua a girar. E essa nuvem, o vento, ainda há de soprar.
O eclipse logo irá desfazer-se; e o sol em meio à noite voltará a brilhar.