Nada mais que lágrimas

De nada me vale esse acalento frio e vazio

Que brota dos confins de minha alma

Tal qual o início de uma tempestade

Que atormenta a calmaria da escuridão

De nada vale essas palavras consoladoras

Que saem de bocas estranhas a mim

Meus silêncios possuem muito mais valor

Pois neles repousa minha sinceridade

De nada vale essa existência sem sentido

E a maldita teimosia em ainda tentar

Mesmo consumido em angústias infinitas

Que desabam em minhas costas cansadas

Somente necessito livrar-me, abster-me

Do que me consome e me dá tal prazer

Desprezar o que um dia pra mim foi tudo

E que hoje nada mais são do que lágrimas

Cláudio Borba
Enviado por Cláudio Borba em 23/01/2020
Código do texto: T6848835
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