Nada mais que lágrimas
De nada me vale esse acalento frio e vazio
Que brota dos confins de minha alma
Tal qual o início de uma tempestade
Que atormenta a calmaria da escuridão
De nada vale essas palavras consoladoras
Que saem de bocas estranhas a mim
Meus silêncios possuem muito mais valor
Pois neles repousa minha sinceridade
De nada vale essa existência sem sentido
E a maldita teimosia em ainda tentar
Mesmo consumido em angústias infinitas
Que desabam em minhas costas cansadas
Somente necessito livrar-me, abster-me
Do que me consome e me dá tal prazer
Desprezar o que um dia pra mim foi tudo
E que hoje nada mais são do que lágrimas