Sem medo da morte
Acorda cansado e chorando
Se escuta os prantos
Pedindo a revolta da mente
Deprimente
Contente com tudo que pensa
Sem nada na dispensa
Mas e na vida?
Sem recompensa!
Eu vou me bagunçar
Ver no que vai dar
E se eu me afogar?
Deixa pra lá...
Perdi desde o começo
Esse é o peso
De quem nasceu pobre
Sem nem um direito
E quando esse poema acabar
Não sei onde vou estar
Talvez deitado no chão
Sem respiração
E me preparando para voar
Se o universo permitir
Talvez eu possa construir
Uma escada de sonhos
Para que amanhã eu acorde
Sem medo da morte
E pronta para enfrenta-la.