Talvez a ultima em tempos
Sabeis a vida é uma tragédia
As noites são frias e os dias pálidos
Revivo hoje meus fantasmas
Na sepultura não viva de minha mente
Meus dias têm se resumido em solidão
Na falta que sinto no peito
E entre os dedos que arrastam ao chão
Pranteando só por ti em meu leito;
Mas estas letras têm tempo
E o tempo me mata e enrijece
Como as rimas que se perdem
E a mente que gela,
Agora solidão é afago
E não sentida,
A dor é pranto seco
Sem partir nem pesar.
E o tempo que leva
Levou-me,
Levou tudo,
Deixou nada.
Sabeis a vida é uma tragicomédia
A ironia é o tempo,
E o escárnio é um só...
Como nas letras que deixei
Dentre horas, dias e meses,
Hoje cesso talvez a última de meu leitor.