Talvez a ultima em tempos

Sabeis a vida é uma tragédia

As noites são frias e os dias pálidos

Revivo hoje meus fantasmas

Na sepultura não viva de minha mente

Meus dias têm se resumido em solidão

Na falta que sinto no peito

E entre os dedos que arrastam ao chão

Pranteando só por ti em meu leito;

Mas estas letras têm tempo

E o tempo me mata e enrijece

Como as rimas que se perdem

E a mente que gela,

Agora solidão é afago

E não sentida,

A dor é pranto seco

Sem partir nem pesar.

E o tempo que leva

Levou-me,

Levou tudo,

Deixou nada.

Sabeis a vida é uma tragicomédia

A ironia é o tempo,

E o escárnio é um só...

Como nas letras que deixei

Dentre horas, dias e meses,

Hoje cesso talvez a última de meu leitor.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 06/10/2007
Reeditado em 31/10/2007
Código do texto: T683467
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