Transparente
O vidro transparente da janela
Olho, vejo a manhã começando
Distante
O mundo me parece
Calmo
Os prédios repousam
Crianças dormem
A manhã desponta, as ruas acordam
As árvores
O vento balançando as flores
Ruídos do relógio
Na parede
Lembro de Marina, lembro de Fabrícia
Recordo daquele dia escuro
Chovia – conheci Celina
Dia passado, ido
Minha mente, a alma, coração
Se distraem
Eu...
…. Apenas eu, olhando o vidro transparente
Da janela
A vida neste instante despida, nua.