Por onde andas?
Por onde andas meu irmão?
A saudade aperta o peito quando relembro nossa infância torrão.
Na mente a lembrança de que fomos felizes.
Nas andanças pela estrada de chão.
Se insisto na questão é que o motivo é de solidão.
Ficamos sós sem a tua presença.
Meio órfãos com a tua ausência.
Sedentos do afago grotão.
Queria falar pro mundo todo desse amor que nos une.
Queria que o mundo soubesse que quando a noite escurece...
Fico quietinho em prece
Trazendo-te de volta à mão.
Por onde andas meu irmão?
Buscando a riqueza do mundo de hoje?
Traçando a beleza que ninguém mais trouxe;
Levando aos outros a certeza de que a vida não é em vão.
Por onde andas meu irmão?
Será que te encontras também solitário.
Querendo o abraço de todos os braços.
Que fazem a força de uma grande paixão.
Canário que voa perdido na noite.
Sentado à palestra com outros também.
Bebendo do vinho tão tinto de ser.
Buscando com força a razão do prazer.
E agora entro nessa...
Necessito ver-te depressa.
Olhar no teu olho e ficar.
E trazer-te pra nós sem pestanejar...
Por onde andas meu irmão?
Fala comigo, acalenta meu pranto.
Que de tanto chorar só me resta a intenção.
De tudo que fomos e somos neste mundo ilusão.