Coração exausto
Penso
Na tentativa de entender o que sinto
Escrevo
Na tentativa disso me livrar, mas minto
Minto para mim, a dor não se entende
Minto novamente, a dor se sente
E como corrói o que aqui dentro dói
Como se esvai o sorriso, o afeto
O quão de vidro é esse meu híbrido teto?
Estraçalha-se, torna-se incompleto
No que é possível remendar, a dor então se funde
E o meu eu se confunde
Progressivamente
Mas de progresso, nada se sente
Apenas me regresso, à dor novamente.