Ando perdido

O som de meu movimento

assemelha-se a um corpo arrastado,

velho, carente, abandonado,

em rotas distintas no imenso vazio.

Às vezes, paro e penso... sorrio.

Tive a vida que quis e disso sei.

Tanto o quanto podia, eu amei.

E agora, entre lembranças,

girando em torno de mim,

na velocidade da vagareza,

faço-me em tristeza,

porque de mim ando perdido.

Então, no tanto que não mais podia,

entorpecido pela louca agonia,

mato meus sonhos nesse espaço,

onde pouco posso e menos faço,

desprezando o que penso partido,

esquecendo que talvez,

apenas eu tenha ido...

SATURNO
Enviado por SATURNO em 05/10/2007
Reeditado em 13/05/2013
Código do texto: T681180
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