Ando perdido
O som de meu movimento
assemelha-se a um corpo arrastado,
velho, carente, abandonado,
em rotas distintas no imenso vazio.
Às vezes, paro e penso... sorrio.
Tive a vida que quis e disso sei.
Tanto o quanto podia, eu amei.
E agora, entre lembranças,
girando em torno de mim,
na velocidade da vagareza,
faço-me em tristeza,
porque de mim ando perdido.
Então, no tanto que não mais podia,
entorpecido pela louca agonia,
mato meus sonhos nesse espaço,
onde pouco posso e menos faço,
desprezando o que penso partido,
esquecendo que talvez,
apenas eu tenha ido...