RAIVA
RAIVA...
Se eu pudesse correr, correria...
Se eu pudesse voar, voaria...
Se eu pudesse ser violenta, com certeza seria.
A razão não deixa!
Ela não deixa inúmeras coisas...
Enxaqueca terrível!
Violenta como minha RAIVA.
Tão humana!
Tão medíocre!
Tão minha!
Jogar-se fora como um produto descartável, sem expectativas, sem mágoas, sem raiva, sem vida.
Nem isso eu posso!
Com raiva, sem raiva, tanto faz!
Continuar é linearmente preciso!
Tão necessário quanto respirar ou ainda acreditar nas incertezas da vida.
Ouço uma voz interna: "irá passar!"
Claro que passa!
Mas a mágoa continua eterna até o meu último suspiro.