Desabafo de um solitário eu
Quando o vento gélido vem
Só a fria sensação de solidão me retém
Onde aprisiono minha alma em uma terra distante
Restando apenas a carcaça nessa terra de ninguém
Como é triste sempre ser o derradeiro errante
Aquele que canta e ninguém escuta
Que sorri e abraça sem motivos
Apenas para alegrar os amigos e acolhidos
Esperando transmitir paz e alegria
Mas no fundo ninguém devolve sua gentileza
Ninguém lhe escuta e alivia seu coração
Parece mais que só riem dele e o tratam com aspereza
Porém a vida segue naturalmente seu rumo
Aos trancos e barrancos ele caminha ao fundo
Ás vezes ao fundo de surpresas raras boas
Outras ao fundo do poço
Mas no final ele sempre chega,
Mesmo que sozinho já encharcado de uma chuva ácida que só molha seu rosto,
Tão triste pareço em alguns momentos e escondo tão bem meu desgosto.