Melancolia crônica

Quando eu nasci...

O médico não precisou dá

Palmadinha em mim

Quando senti o ar do mundo

De pronto forte chorei

E os dias se passaram e aprendi

das dores na mesma intensidade das alegrias

Mas dormia em mim

A tal da melancolia

Maldita, bendita!

Pois tinha de prontidão em minhas mãos

O carma ou dádiva da vida

Sigo sem saber

Tenho que ver para crer

E sei que tudo é questão de ponto de vista

A melancolia me acompanha

Sem ameaça

Eu a conheço e ela me conhece

Tudo certo como dois e dois são cinco

É, minha mãe a pariu.