Diga-me
Diga-me por favor, onde você não está
para que eu posso ir e não sentir a sua ausência
Onde posso morar sem lembrar de você
e quando lembrar, sem me machucar
Diga-me, por favor, em que vazio
não está tua sombra preenchendo os centros;
onde minha solidão é ela mesma
e não sentindo que você está longe.
Diga-me por favor, pra que lado
posso andar sem ver as tuas pegadas;
onde eu possa correr para não te procurar
e onde possa descansar da minha tristeza.
Diga-me, por favor, qual é a noite
que não tem o castanho do teu olhar;
onde é o sol que tem apenas luz,
e não a sensação de que você me chamas.
Diga-me por favor, onde há um mar,
onde as suas palavras não sussurrem aos meus ouvidos.
Diga-me por favor, em que canto,
ninguém pode ver minha tristeza;
diga-me qual é a cavidade do meu travesseiro,
que faça conter as minhas lágrimas.
Diga-me, por favor, qual a noite
em que aparecerás em meus sonhos, para que eu não durma;
nesses sonhos não posso viver, porque sinto sua falta;
E eu não posso morrer porque eu te amo.