Diga-me

Diga-me por favor, onde você não está

para que eu posso ir e não sentir a sua ausência

Onde posso morar sem lembrar de você

e quando lembrar, sem me machucar

 

Diga-me, por favor, em que vazio

não está tua sombra preenchendo os centros;

onde minha solidão é ela mesma

e não sentindo que você está longe.

 

Diga-me por favor, pra que lado

posso andar sem ver as tuas pegadas;

onde eu possa correr para não te procurar

e onde possa descansar da minha tristeza.

 

Diga-me, por favor, qual é a noite

que não tem o castanho do teu olhar;

onde é o sol que tem apenas luz,

e não a sensação de que você me chamas.

 

Diga-me por favor, onde há um mar,

onde as suas palavras não sussurrem aos meus ouvidos.

 

Diga-me por favor, em que canto,

ninguém pode ver minha tristeza;

diga-me qual é a cavidade do meu travesseiro,

que faça conter as minhas lágrimas.

 

Diga-me, por favor, qual a noite

em que aparecerás em meus sonhos, para que eu não durma;

nesses sonhos não posso viver, porque sinto sua falta;

E eu não posso morrer porque eu te amo.

Mayara Teodoro
Enviado por Mayara Teodoro em 27/11/2019
Código do texto: T6805029
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