Melhor que não te Vejam
Amor tão doce, a beira da fagulha mais bela. Me resgata, se resgata, sente o amargo que todo mundo tem. Vai mais fundo nos contratempos que nos dão Adeus.
Canta a felicidade dos astros, toca tua carne, habita na floresta tão proibida. Grita pra calar a dor, exalar o medo, chamar de meu bem o teu mal.
Respiramos a inconsciência dos maus tratos, sobreposto tão supérfluo quanto viver. O bom espírito abre as frestas da felicidade e teus pedaços devoram. O corte cicatriza, a gota impermebealiza e a imagem perece na nossa imaginação.
O maldito é mais bonito, a mente é o espelho, o risco é a mensagem. Os passos dando os mesmos passos, se obscurecendo diante do divino... Nada mais ecoa, o único som é a risada repetida na caverna, no escuro.
Os algarismos também sentem medo, o também, também é como a gente, obstante, onipotente. Explorando o íntimo se perde a alma, então assim o inferior se acalma. Se ouve mais uma risada... Na caverna, no escuro.
Douglas Tedesco – 12/2004