O COPO
Enquanto eu sorvia,
O líquido que havia,
Como me parecia,
Familiar.
Uma bebida fria,
Que de repente estia,
Quando dentro descia,
A me esquentar.
De repente, não sei,
Como se deu? Não sei.
Porém eu avistei,
Copo cair.
Do chão me aproximei,
Contudo eu atrasei,
Socorrer té tentei,
Não consegui.
Admirado estava,
Boquiaberto olhava,
A mente se lembrava,
De um tempo atrás.
Ele, que comportava,
Líquido e não vasava,
Agora se quebrava,
Sem voltar mais.
Cada caco tomou,
Seu lado e se tornou,
Desgarrado e virou,
Parte do chão.
Daquilo que sobrou,
A mente relutou.
Foi remendar, cortou,
A minha mão.
Em plena luz do dia,
Um copo aqui existia,
E em cacos se fazia,
Aberração.
Veio a epifania:
Líquido era o que eu sentia,
E o copo que caía,
Meu coração.