O Que Sei Do Amor
O que sei do amor brilha em dois olhos pequenos,
Curiosos que me seguem por onde andar.
O que sei do amor é pouco, quase nada,
E não há mais Mestre para me ensinar.
O que sei do amor escrevi em verso e prosa,
Poesias e rimas soltas, que se perderam no vácuo.
Eco repetindo a mesma trilha sonora
Triste, nunca alcançaram os destinatários.
O que sei do amor é que dele fui gerada
Mas ele nunca por mim se gerou.
Fui-lhe sempre tão solícita
E ele, à mim, nunca se entregou...
As pétalas de minha rosa murcharam,
O verão chegou e tudo aqui sucumbiu.
A rosa secou-se, do amor nada fez-se,
Castelo de areia que a onda do mar ruiu.