DIAS INFINDÁVEIS
Cada despertar é um novo pesadelo:
Dias infindáveis; um silêncio só.
O passar das horas nega-me os apelos;
Lentamente ata com mais força o nó.
São indecifráveis as curvas da vida:
Vez em quando céu; vez em quando chão.
Vez em quando a rota parece perdida.
Vez em quando sim; vez em quando não.
Sem você, os dias não têm fantasia;
Não têm alegria; não têm cheiro ou cor.
Não têm harmonias e nem melodias:
São notas vazias, sem nenhum valor.
Sem o seu sorriso, as noites não têm jeito;
Sem o seu ouvir; sem o seu falar;
Sem o peso do seu sono no meu peito,
Só vejo defeito; só vejo penar.