SOLITÁRIO A ESPREITA.

O sol surgiu no horizonte

Riscou o firmamento

Com seus multicoloridos raios

O sol se entregou nos braços do oceano

Ao som harmonioso dos pássaros

Enquanto as flores na beira do rio

Se entregavam ao beija-flor

Os meus olhos inundados de lágrimas

Revelam uma alma atormentada

Torturada pela lembrança

Lágrimas que se misturam ao do riacho

E o som do seu choro

Ao cantar dos pássaros

Como dói recordar bons momentos

Animadas conversas ao romper da madrugada

Como dói recordar você o tempo todo

Eu que te contei os meus segredos

Os meus medos e as minhas angústias

Desnudei meu coração para você

Me derramei sem medo

Na ilusória esperança do amor

Hoje não restou nada em mim

Somente o tormento da realidade

Tudo é uma ilusão

Fantasias do coração

O riacho levou as minhas lágrimas

Mas não levou a dor dentro de mim

A dor diária da lembrança

De que sempre serei só

Um solitário à espreita

Tentando enxugar as lágrimas.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 18/11/2019
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