SIM, EU SOFRO!
Sofro pelo que tentei e não consegui
Sofro pelo que está além do meu controle
Sofro pela ferida que abriram em mim
E pela presença que eu apenas console
Sim, eu sofro por algumas partidas
Sofro pela dor que vem repentina
Sofro pela injustiça que há no mundo
E por ser mulher com alma de menina
E por quantos abismos eu passei!
Quantas pedras atiradas em mim!
Momentos acompanhados de sofrimento e dor
Com altas doses de angústia sem fim
E se eu sei que o sofrimento faz parte
Por que insisto, às vezes, em não compreender?
Sofro, choro, me angustio e me desespero
E esqueço, muitas vezes, que isso é viver.
Éryka Patrícia Ramos Pereira (Caruaru/PE)