Impuro

Trilho as vias paralelas das calçadas,

Vejo-as como grandes ondas do mar,

Mas mortas feita carne suja e passada,

Que são lindas na visão de um olhar.

Não se refaz o que já foi quebrado

Sem a mesma essência de antes,

O erro permanece desconsertado

Mesmo que o coração o cante.

Os parasitas do pensar o desgasta,

Ao tentar corrigir um erro cometido,

A mente de novo erra nas palavras,

E se foi mais um momento perdido.

Passos errôneos na minha vida,

Tempo precioso para meu segundo,

‘’Tua alma, onde fica?’’

‘’Não sabes corrigir o próprio mundo?’’

Sempre em temporal de trovoadas

Meu universo permanecia,

Não tive nem uma palha trocada,

E o que tive foi-se de serventia.

Samuel Oliveira da Costa
Enviado por Samuel Oliveira da Costa em 08/11/2019
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