No escurecer

 
Ouço o sino bater...
Sinalizando o anoitecer
A escuridão me afronta
Fantasma que amedronta.


Acendo todas as luzes
Lá fora somente cruzes
Tempestuosas insônias
Ocultam as parcimônias.


Realidade incerta, confusão
Medos, melancolias, tensão
Espectros tensos, insanidades
Lânguidos profundos, ambiguidades.


Noite insólita, perversa e traiçoeira
Desperta adormecidos faróis, canseira...
De entremeados fulgures de medos
Que fulguram lampejos nos rochedos.



 
Texto e imagem: Miriam Carmignan