OLHOS TRISTES
Teus olhos margeiam o horizonte
Mas já não reverberam
Oblongo é o torpor
Diante da cíclica espera
Náufragos antes os sonhos
Dada a realidade austera
Travessias e desencontros
Desprovidos de tutela
Fixos as órbitas
Esgueiros as brumas
E marejados vicinais
Onde a letargia não coaduna
Almejam antever
No salvaguardo do inconstante
Atentos ao que circundam
Deflexos com razão
Comunicam entre si
Desvelam a alma
Quando querem sorrir
Fazem sem ressalvas