(Foto tirada do Google)

Aquele
 
Quem seria aquele homem que hoje!
Vaga pelas ruas sem nenhum destino.
Seu olhar tristonho, deveras distante,
parece um prisioneiro do seu desatino.
 
Um dia quem sabe foi até muito feliz!
E viveu uma vida, e foi bem querido.
Preservada, segura, presa a uma raiz,
que é uma família em todo seu sentido.
 
E se foi assim! Alegria ele conheceu!
Pois ela está em toda a bela natureza.
No apreciar a um dia que amanheceu,
Ou mesmo, um jardim em sua realeza.
 
No caminhar na areia fina de uma praia,
sentindo no rosto uma brisa refrescante.
No apreciar a um crepúsculo que chega,
propiciando um espetáculo gratificante.
 
No assistir a inocente criança a brincar,
eufórica, em seu universo de fantasia.
No lançar de uma bola para o cachorro,
o qual, fica numa felicidade que extasia.
 
Quem sabe ele viveu uma grande paixão,
que por algum motivo acabou e causou,
tanto pesar, que carrega em seu coração,
junto com a insanidade, que o dominou.
 
Ou quem sabe por tantos outros motivos,
até mesmo, o de ter sido concebido louco.
Ele continuará na sua vida sem objetivos,
e para com o mundo, permanecerá mouco.

Fernanda Goucher
Enviado por Fernanda Goucher em 22/10/2019
Reeditado em 22/04/2024
Código do texto: T6776744
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