Poema de uma tarde triste

Sigo caminhando pra história

A tarde chega tão rapidamente

Já não me conheço faz dias

Esqueci a minha lareira

A minha cadeira de balanço

Foi pra rua balançar o grito

O sol se despede como menino peralta

Sorrindo de mim, da minha tristeza

As minhas tardes são sonos de pedras

Sem pingos de cores nem letras escuras

Não há nada em mim além do silêncio

O chapéu foi esquecido na cafeteria

Dona Betânia há de guardá-lo

Ela guarda tudo...guardou-me até

Mas que tardes tristes essas minhas

Quando deveriam ser de felicidade

Reunião de amigos, vozes, abraços

O cafezinho de Dona Betânia

Está frio...a tarde cai e eu choro!