BARRO E COSTELA.
BARRO E COSTELA.
A dor me elevou a outro nível de existência
Um compacto traidor que dorme em minha cama
Que rouba meus sonhos tão pequeninos
Homem e mulher tão próximos das distancias
Tão livres um do outro e unidos na decadência.
Os diálogos de outrora, hoje são aspas em telegrama
A brandura do olhar, agora enxerga com olhos assassinos
E o amor morre no adultério das circunstancias.
Confiar e amar é comer sem mastigar
Engolir a hipocrisia de boca fechada e falar com a língua enrolada
Confiar e amar é faca nas costas a te coçar
São aureolas santas que te recebe com tijolada
É fruta que envelhece na arvore sem ser tocada, apodrece só.
Homem e mulher num eden como serpentes
Barro e costela se esquecem que no universo tudo vira pó.
Confiar e amar é se internar saudável num mundo de doentes.
CHICO DE ARRUDA.