CÉU AZUL COBALTO
Quis dizer-te quantas vezes
Que te amava e o céu estava cobalto...
Mas a voz embargava e , de assalto,
Fugia para a vastidão de meu nada.
Quis dizer-te apenas que te amava,
Mas nossos olhares se desencontravam
E nunca puderam dizer que se amavam.
E lá fora o dia brilhava azul cobalto ...
Fui o fruto de teu ventre e deste-me luz
Para que nossas vidas fossem opostas
E céus azuis- cobalto sobre as encostas
Nesses dias nossos assim tão cinzentos.