Silêncios
Silêncios...
Não adianta perder palavras
Tudo se estende em farpas
O som já não existe só silêncios
E estar junto ficou sem graça tenso
Não há abraço nem beijos
Apenas solidão e vazios
O espaço é dividido como prisão
Não se vê empatia ou paixão
A voz ficou muda sem assunto
Cada um perdido em seu mundo
Ficar perto parece pesadelo
No escuro deprimente só tormentos
Silêncios se multiplicaram
Tristezas no coração afloraram
Parece um ciclo que não se fecha
Como a vida pregando uma peça
O Presente parece carrasco constante
Nada anima minha vida meu instante
Silêncios ocupados por músicas
Que parecem que salvam minhas súplicas
De ter a paz a minha liberdade
E eu alço voos longos de felicidade
Na imaginação de um futuro melhor
Longe do caos e do silencio sem cor.
Há esperança na alma
Que mesmo calejada clama
Por um recomeço em outro espaço
Perto de quem envolve como laço
Sem silêncios mas com voz ecoante
Que não escure em silêncio e é presente
Como anjo que protege que salva
E com seu abraço e palavras acalma.
Valéria Lopes