apocalipse

no enterro da última quimera

ao beijo da esfera

tua boca cospe fogo de

estradas sem rumo

apocalipse

num último eclipse

olhares de pura maldade

povoam o inferno de dante

a mente que engana

é a alma que morre santa

santa tristeza

santa desgraça

para aqueles que guardam ameaças

para a graça da desordem

nunca ouve fé

nunca ouve nada

nunca existiu um elo

entre o pecado e a paixão

entre tantos sofrimentos

apocalipse do pensamento

entre o eu

todos se arriscaram

entre a vida

nem sombra da intriga

momentos

brigas do destino

a flor que voce sente o perfume

é hoje a flor que está em cima do teu túmulo.

desertos de agonia

dor e melancolia

sábios inconsequentes

não acreditam num futuro decadente

onde a poesia acabará

e as musas morrerão

porque não existirá coração e nem razão

muito menos alegria e emoção

onde o ódio dominará

e o medo vai aniquilar o amor

onde o rancor destruirá

todos aqueles que não souberam amar.

apocalipse

fim dos dias

será que vamos para o paraíso

ou nos tornaremos comos os ímpios

impuros de fé e amor.

Zorro Poeta
Enviado por Zorro Poeta em 01/10/2007
Reeditado em 25/11/2008
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