apocalipse
no enterro da última quimera
ao beijo da esfera
tua boca cospe fogo de
estradas sem rumo
apocalipse
num último eclipse
olhares de pura maldade
povoam o inferno de dante
a mente que engana
é a alma que morre santa
santa tristeza
santa desgraça
para aqueles que guardam ameaças
para a graça da desordem
nunca ouve fé
nunca ouve nada
nunca existiu um elo
entre o pecado e a paixão
entre tantos sofrimentos
apocalipse do pensamento
entre o eu
todos se arriscaram
entre a vida
nem sombra da intriga
momentos
brigas do destino
a flor que voce sente o perfume
é hoje a flor que está em cima do teu túmulo.
desertos de agonia
dor e melancolia
sábios inconsequentes
não acreditam num futuro decadente
onde a poesia acabará
e as musas morrerão
porque não existirá coração e nem razão
muito menos alegria e emoção
onde o ódio dominará
e o medo vai aniquilar o amor
onde o rancor destruirá
todos aqueles que não souberam amar.
apocalipse
fim dos dias
será que vamos para o paraíso
ou nos tornaremos comos os ímpios
impuros de fé e amor.