Poema gastroesofágico
Dentro de mim queima esse inferno
Terremoto nas entranhas inflamadas
Náufrago de um interminável inverno
Úlcera terminal em paredes irritadas
Dentro de mim esse muro em branco
Palavras estranhas habitam minha mente
Somente a mente desse poeta franco
Incógnitos termos da poesia ausente
Fora de mim esse esporro fétido
Dentro de ti essa angústia certa
Ao nosso redor esse ato indébito
Em cada peito a terrível seta
A todo momento o fato intrépido
Fato errôneo que tanto afeta.