PEQUENO DIÁRIO DA ALMA (XI)
Hoje meus versos choram,
por todos aqueles que um dia
por aqui passaram...
Por aqueles que não chegamos
a conhecer, nem a admirar,
aqueles que não deixaram marcas
em sua curta caminhada
Hoje meus versos choram,
um choro absoluto,
por um tempo, onde não
há mais tempo para a vida
Onde a humanidade
apenas sobrevive, sem rumo...
Onde não se tem mais esperanças
Hoje meus versos choram
Pela falta de sonhos,
pela falta de humanidade,
pela falta de amor, pela falta de Vida
Hoje meus versos choram,
pela ganância descontrolada,
pela violência, a dor, a fome,
pelas crianças que jamais se tornarão
adultas
Hoje não apenas
meus versos choram...
Hoje meus versos sangram!