MEUS OITO ANOS DE EXÍLIO
Francisco Alber Liberato
Oh! Que saudades que não tenho
Da minha infância sofrida
Daquela chibata puída
Que já não me bate mais
Daquelas máquinas cargueiras
Crianças benditas parceiras
Tratadas como animais
Em nosso coro mais açoite
Durante a insônia rainha da noite
Era preciso o soluço abafar
Minha terra não tem palmeiras
Nem tampouco sabiá
Minha terra só tem poeiras
Que se espalham pelo ar.