MEUS OITO ANOS DE EXÍLIO

Francisco Alber Liberato

Oh! Que saudades que não tenho

Da minha infância sofrida

Daquela chibata puída

Que já não me bate mais

Daquelas máquinas cargueiras

Crianças benditas parceiras

Tratadas como animais

Em nosso coro mais açoite

Durante a insônia rainha da noite

Era preciso o soluço abafar

Minha terra não tem palmeiras

Nem tampouco sabiá

Minha terra só tem poeiras

Que se espalham pelo ar.

Alber Liberato Escritor
Enviado por Alber Liberato Escritor em 25/09/2019
Código do texto: T6753420
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