Meus Demônios
Perco-me dentro do próprio ego
A lucidez nos meus olhos me cega
Com a grandeza da minha perspicácia
De entender e abraçar as sombras
Talvez ando ainda perdido
Sempre de mãos dadas a ela
E pergunto-me onde quisera me levar.
Inseriu-me dentro da sua escuridão
Não pude perceber a claridade
O céu tão cinza
Assim como a linda lua
São normais quanto meus dias mortos.
Uso minha falta de vontade
Como desculpa pra tudo
Quem será que impera dentro de mim?
Levo uma injeção letal
E sinto a pancada no meu peito
A cada vez que olho para trás.
O medo do escuro perdura sobre mim
Talvez a partir de amanhã não seja eu
Possa ser meus demônios falando por mim
Você não conseguirá me entender
Meu choro não é drama
Não é mais eu que estarei dialogando
No meu mundo não existe mais um sol
A tristeza fez-me sucumbir às minhas fraquezas
Não sei mais sorrir
E além do mais, não consigo
Agora preciso apenas que compreenda
Meu inferno de quarto é meu céu
Não espero mais que algo me surpreenda.