RAZÃO DA MINHA VIDA
Paira no ar uma ausência,
Me deixa sem ar,
Sem tangência,
Para onde projeto meu olhar,
Nas paredes, no teto, no piso,
Mãe; eu te diviso...
Sinto a sua presença,
Sinto uma saudade imensa,
E nesse singelo recinto,
Me sinto em um labirinto,
Ondeado de porquê,
Completamente perdida,
Mãe; sem você.
Desce um pranto no semblante,
Não dá para segurar,
Também, não faço questão,
Deixo o pranto rolar...
Emoldurar o meu instante,
De inenarrável solidão,
Não venha ninguém me dizer,
Que você viveu o que tinha de viver,
Para mim, a presença materna,
Deveria ser eterna,
Sei, parece loucura,
Essa minha postura,
Mas, é um misto de dor e lembranças,
Um vazio que me alcança,
E nada consegue preencher...
Talvez, deliro, respiro saudade.
...No espelho, minha imagem invertida,
Não me vejo, vejo na luminosidade,
Você mãe; razão da minha vida.
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Para a dor da minha tia.