O aroma do amor
Em suas teias me sinto preso,
Mais uma vez iludido por um antigo sentimento,
Que “sapecamente” tende em voltar,
Me deixando assim “vazio”,
Me deixando sozinho.
Meus olhos vagam pelo espaço,
Me levando ao desconstrucionismo do que plantei,
Sendo apenas o reflexo de um vazio tenebroso,
Um vazio avassalador,
E sombrio,
Doloso é este sentimento,
Que como as rosas belas e sortidas,
Ferem a cada um que as tentam arrancar abruptamente,
E a sentir o picar fino e letal,
No qual somente gotas de sangue se escorre,
Cada uma escorre vagarosamente,
Demonstrando o qual dolorido é este sentimento,
O que serei após mais uma ferida cortada e não cicatrizada,
O que realmente serei no findar deste dia,
Um novo homem ou apenas um zumbi desalmado,
Desfragmentado está meu ser,
Em pequenos pedaços se encontra está volumoso músculo coronário,
Tempo é necessário para se reavivar aquilo que existia,
Não existente nada neste instante apenas vácuo,
Um sofrível e solido vácuo,
De mim só resta a dor,
Esta dor que corta tritura e amarga,
O último frasco de uma fragrância quase findada,
O aroma insaciável de quem deseja um dia amar,
O último ato de um desesperado para amar...