Queime coração podre
Flameje Serpente Cruel
fogo-fátuo do céu
Labaredas de ódio e calor
Trás a terra um grande terror
Lacerado
Desfigurado
Nas mãos duras da solidão
Angustia
Dor Muscular
Sufocante cada palavra desta oração
Não vou pedi perdão
Por cada inspiração
De ter sido pra sempre seu e de ninguém mais
Agora estou, entre a dor e a agonia
Que já são velhas conhecidas
Delimitadoras da minha religião
Mas eu não vou abrir mão
Nem ter consideração
Por este velho coração
Que bombeia sofrimento
A cada dia mais e mais
Então queime serpente alada dos céu
Abra meu peito e corte meu coração ao meio
Deleite-se nos fluidos agridoce de cada violação
Eu continuo a dizer
Que do amor em meu coração
Eu não abro mão
Mesmo que já seja um fruto podre que sementes não da mais
E o que pode agora
Dor
Tristeza
Solidão
Agora sou eu que guio suas mãos
Para os braço da mãe das viuvas
Que se aproxima a cada dia
Mais e Mais