BURACO NEGRO

A noite envelheceu

O dia não amanheceu

Tudo está tão escuro

O corpo se arrasta lento

Conflitos de pensamento

Sentimentos contraditórios

Quanta incoerência

O imaginário se entrelaça ao real

Madrugada a dentro

Na rede marrom navego

Em caminhos tortuosos

E águas geladas e turvas

Precipito-me, às vezes, no vazio.

Queda livre, um frio.

Sensação esquisita, susto grande.

Acordo! Não acordo! Onde estou?

Tudo gira na imensidão do universo

Buraco infinito, um grito.

Ninguém me ouve.

Alber Liberato Escritor
Enviado por Alber Liberato Escritor em 17/08/2019
Código do texto: T6722285
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