S

Sigo de Soslaio

Esgueirando-me pelas beiras

Sucinta minha sina sangra

Feito caule de Seringueira

Sonhos sopram sinais tristes

Sinuosas nuances de dor

Em meu cenho surgem sulcos

Sintomas cínicos do amargor

Sob o céu cinza das cinco

Sacrifícios solenes e circunspectos

Sou eu sanguinário ceifando...

As sombras sórdidas do meu intelecto

É de noite que eu sinto falta

Das notas mais altas, e dos tons da cor

Que emanavam nas horas mais calmas

Madrugada adentro, num louco torpor

Que meus dedos percorrem caminhos

Desejos mesquinhos me fazem tremer

Que a garrafa vazia reflete

O que com seu conteúdo

Eu tentei esquecer.

Michael Thomaz
Enviado por Michael Thomaz em 17/08/2019
Reeditado em 08/09/2019
Código do texto: T6722130
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