S
Sigo de Soslaio
Esgueirando-me pelas beiras
Sucinta minha sina sangra
Feito caule de Seringueira
Sonhos sopram sinais tristes
Sinuosas nuances de dor
Em meu cenho surgem sulcos
Sintomas cínicos do amargor
Sob o céu cinza das cinco
Sacrifícios solenes e circunspectos
Sou eu sanguinário ceifando...
As sombras sórdidas do meu intelecto
É de noite que eu sinto falta
Das notas mais altas, e dos tons da cor
Que emanavam nas horas mais calmas
Madrugada adentro, num louco torpor
Que meus dedos percorrem caminhos
Desejos mesquinhos me fazem tremer
Que a garrafa vazia reflete
O que com seu conteúdo
Eu tentei esquecer.