Poeira do tempo
Enlouqueci mais cedo, foi ontem, lamento
Cada palavra vomitada, mas, as não ditas...
Por essas, lamento mais, ais de sofrimento
Que ecoam na alma; torturada alma aflita
Nem maldita, nem bendita; triste e perdida
No deserto, a poeira do tempo consumindo...
Cada dia, cada poesia, cada noite esquecida
Enquanto horas escorrem, passam, sumindo
Somando decepções e tristezas incômodas
Me perdoe, por não ter cuidado bem de você
E de mim, esqueci de cuidar, tantas podas...
Mal feitas que flores não vieram, não trouxe
O perfume bom em minhas mãos, desculpas
Que enchem o coração com o passar da vida
Anos acorrentando o velho sonho, por culpas
E palavra presa, encarcerada, é aqui, tecida...