Colecionadora de decepção
Estou me odiando agora
Permitir-me seguir os instintos
Deixei-me ser dominada pelo medo
Comandada pela aventura e adrenalina
Sabia que era errado, não era a hora.
Nós dois sabemos bem disso...
Não me arrependo, mas me dói ver que sempre decepciono as pessoas
Meu comportamento é confuso e contraditório
Você chegou e modificou tudo
Não vê que eu mudei?
Vejo o vidro quebrado no chão, eu estou me cortando com ele.
Sabia que o sangue que sai da ferida é lindo?
É um vermelho tão vivo, dentro de uma pessoa morta...
Eu te machuco, sou ácido meu amor
Que corrói e desfigura tudo aquilo em que toca
Nunca gostei de princesas, não caio no papo
De que sou o orgulho dos meus pais...
Estou me afastando, me afogando no mar de decepções
Ele está escuro e revolto
Acho que meu fim está perto
Não quero que sofra quando eu partir
Não quero vê-lo chorar
Estou sorrindo meu amor
Feliz porque já não sinto dor
Essa indiferença e frieza já não existem mais em mim
Vai viver, ser feliz
As pegadas que deixamos na areia daquela bela praia
Já não existem mais,
A neve já derreteu
A primavera já foi,
O inverno chegou e deixou tudo cinza e com aspecto morto...
Eu estou assim...
Mas ainda há tempo e chance, só peço que escolha rápido
Os minutos passam muito rápido,
O seu tempo está acabando
Tic tac tic tac
Acabou, me joguei do precipício criado por mim
A dor é boa, e a morte está me abraçando como uma mãe
Uma mãe que nunca tive
Uma que sempre corri atrás, mas que era impossível.
Impossível pelo simples fato de ser perfeita
E perfeição não existe nesse mundo...