A chave

Numa estrada sinuosa tentando catalizar minha intenção.

minhas lágrimas não pavimentam o caminho do perdão

eu não tentaria voltar no tempo ou negar o meu delito

Mas existe algum jeito de recuperar aquele céu infinito?

Por quem eu espero nesse labirinto de emoções?

as páginas brancas de meu caderno de anotações

caem como folhas mortas na mudança de estações.

Quantas vezes o que nós amamos foi embora e não volta mais?

E quantas vezes o que esperamos já passou e ficou pra trás?

Por toda sua graça, só posso dizer obrigado.

E por cada pecado um espinho foi cravado.

Eu fecho os olhos mas é em vão

É uma coceira na imaginação

Não tem nada haver com meu problema de visão.

Todos vivemos por algo, mas esqueci o que era.

Alguém aí pra me ajudar a lembrar?

Todos vivemos por algo, talvez o meu esteja no passado.

E se me cruzar no futuro, meu olho bom continua fechado.

Quantas vezes já nos encontramos? nos doando sempre um pouco mais.

Nessa estrada onde caminhamos, sangro sempre buscando paz.

Como se fosse uma chave que destrava a próxima porta.

Mas essa chave também ficou para trás.