Adeus

Nada tenho a ganhar estando aqui.

Me sentindo vazio e pesado, e só, mesmo estando contigo.

Juntarei meus pedaços em meus braços já cansados de lutar e sairei de tua presença.

Não te preocupes, não demorarei muito.

Mas quero que saibas que cada vez que olhei em teus olhos e perguntei como estavas,

Eu esperava sinceridade.

Pelo menos a consideração por teres quebrado minhas asas e me impedido de voar.

Agora, em vez de estar no céu, voando junto àqueles a quem já chamei irmãos e irmãs, estou aqui.

Carregando o peso das asas que já me levaram através de montes e por cima de oceanos,

E agora não voam nem meio metro, pois estão quebradas.

Quebradas como meu coração que fizeste questão de pisar e pisar, dizendo que ele estava errado e precisava de conserto.

Quebradas como meus versos que hoje já não rimam mais, em memória ao teu descaso.

Augusto de Azevêdo
Enviado por Augusto de Azevêdo em 18/07/2019
Código do texto: T6698933
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.