Circo
Ergue-se a lona negra
Preparando o picadeiro para o grande espetáculo
A maquiagem escondendo todos os vestígios
A luz carmim se espalha por todo o espaço
O som mórbido ecoando
O palhaço com sua expressão vazia, derrama o pranto
Retalhando seus pulsos,
O puníceo sangue colorindo o picadeiro alvo
O público perverso gritando _ Mais fundo!
Abrindo mais fundo suas feridas
O malabarista equilibrando no ar suas facas pontiagudas
Pincelando no ar gotículas rúbidas
Cortando sua carne frágil e fresca
Cuspindo fogo como um dragão
Deixando sua majestosa presença como uma fênix
Com suas abomináveis aberrações,
Fazem a dança da morte
Risadas tétricas despregando-se das pregas vocais das bestas
Gritos de horror rompendo o silêncio
O público vai a loucura
Como uma ilusão, o circo dos horrores encerra o espetáculo.