Sempre sozinho
Sempre sozinho
Lobo perdido da matilha
Sempre pelos cantos
Na foto, meu sorriso nem brilha
Nunca fiz parte de nada
Nunca me senti parte de nada
Deve ser um problema meu
Briga eterna com o meu eu
Sempre caçando
Sempre no inferno
Jamais me adaptando
Ao rigoroso inverno
Nunca me choram os olhos
Coração de pedra vai até o fim
Sempre me enobrece a alma
Quando transcrevo o que se passa dentro de mim
Já não me adianta mais clamar
Nem chorar, nem rezar
Só me resta ser grato
Pelas migalhas que me são deixadas
Para quem sabe um dia
Eu te encontrar
Em algum lugar perdido por aí
Esperando eu chegar