Noite Adentro
Noite adentro e o meu intento é o acalento
Um tormento denuncia sob a força desse vento que de culpa não estou isento
Ontem estive embriagado
Hoje ando em passos lentos
Minha força de vontade não é mais que um porcento
E quanto mais eu tento mais penetrante torna-se o barulho desse silencio tão lamuriento
Me pergunto quanto mais desse veneno eu ainda aguento
Dói-me tanto o peito que beira o sangramento
Dor pra qual curandeiro algum possui unguento
Só me restar afundar então nesse oceano lamacento que se tornou meu coração
E o som suave das cordas tencionadas
Poetizam meu lamento.
Eu lamento.