Melancólica agonia

A dor incessante

Arrancarei do meu peito todo o sofrimento

Darei todo meu sangue em suas mãos

Rasgarei o silêncio com gritos estrondosos,

Direi tudo que guardo no fundo do meu coração

Todo o sofrimento escancarado,

Minha carne exposta e dilacerada para o público

Mostrarei o verme que se aloja em meu corpo

Os demônios que escondo por trás dessa carcaça podre

O cheiro fétido de minha dor

Mostrarei meu inverno, meu coração gélido

O nevoeiro que assola meu coração

A ventania que derruba e arrasta minha felicidade

A tempestade que molha minha face

O frio que abraça meu corpo e fragiliza

Com tudo que resta da podridão,

Entregarei em suas mãos meu coração

Com todas as gotas da tempestade que derramei

Cada sangue derramado de minhas feridas abertas

Mostrarei toda minha verdade,

Rasgarei em desespero minha pele

Mostrando o oculto e obscuro

Todos os estilhaços de meus ossos de vidro

Entrará em meu lar lúgubre.

Mikaela Ferreira
Enviado por Mikaela Ferreira em 29/06/2019
Reeditado em 29/06/2019
Código do texto: T6684125
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